8.10.15

Israel, Gentios e Igreja de Deus - conclusão

Não deixe de ler a parte IV
Um tipo claro de tudo o que dissemos até o momento pode ser visto no modo, e mais especificamente falando, no meio pelo qual Deus pôde resgatar Israel da mão dos egípcios. As águas tornadas em sangue, as pragas das rãs, a praga dos piolhos, a praga das moscas, a pestilência sobre os animais da casa de Faraó, a praga da saraiva, a praga dos gafanhotos e a praga das trevas não foram suficientes para libertar Israel. Somente quando houve derramamento de sangue, houve perfeita libertação. A lei e suas ordenações, introduzidas posteriormente, igualmente de nada prestaram para este milagre. E neste exato momento, simbolicamente, podemos ver a separação definitiva e contundente entre judeus e gentios.
E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e nunca haverá; mas contra todos os filhos de Israel nem ainda um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para que saibais que o Senhor faz diferença entre os egípcios e os israelitas” (Êx 11.6-7).
O motivo ou fundamento pelo qual Israel passou incólume por esta terrível prova está, não na lei, mas no “sacrificai a páscoa” (Êx 12.21).
Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e lançai na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas para vos ferir” (Êx 12.22-23).
Transportando estes ensinamentos para o tempo presente, pois que para nós foram escritos, nenhuma praga lançada sobre nosso inimigo íntimo, a carne com o pecado, poderá nos libertar. A lei, que declara e fortalece o nosso pecado, expondo-o miseravelmente, também não pode fazê-lo. Mas “o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7).
Não mudes o marco do teu próximo, que colocaram os antigos na tua herança...” (Dt 19.14.).
O marco decisivo e satisfatório entre a escravidão do pecado, tendo como resultado a morte, e a vida “dentre os mortos” é Cristo.
Porque o fim [do gr. telos - término] da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
Não queira mudar este precioso marco imposto por Deus em Cristo, “porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido” (1 Pe 1.17). Quem assim for achado fazendo, sob qualquer aspecto ou pretexto, “maldito aquele que arrancar o termo do seu próximo” (Dt 27.17); quanto mais o de Deus!
Então, podemos concluir nosso raciocínio dizendo que se Deus não faz acepção de pessoas, individualmente falando, faz distinção dos corpos como um todo, levando em conta sempre, como vimos, a clara divisão entre gentios, judeus e a Igreja resgatada pelo sangue de Cristo.
Deus tem um propósito especial no presente e no futuro bem próximo para cada um destes corpos, e cabe a nós traçarmos bem o limite exato de cada um.
Que Ele nos capacite com inteligência e maturidade espiritual suficientes para tal.

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